Sheila Arêas e Cristian Duarte foram buscar na artista plástica britânica Cornelia Parker inspiração para o espetáculo “Cornélia Boom”, selecionado para participar do 12ºCultura Inglesa Festival (2008). Arêas e Duarte incorporam os procedimentos técnicos da artista plástica e os transferem para a dança. Cornélia Boom apresenta uma dança ambivalente, explicitando a fisicalidade que antecede a escolha de uma ação. “A movimentação criada por Sheila é contundente no modo como transforma o seu fazer em um dizer. Cheia de “entres”, acontecendo quase como um mecanismo com defeito, potencializa poeticamente a discussão sobre o corpo do/para o balé. E Cristian Duarte demonstra, mais uma vez, competência na construção de um discurso artísticopolítico, continuando o que vem propondo em suas criações recentes (Médelei, 2006; SHOW: Sobre o que a gente vê (vol.1), 2007). Com Cornélia Boom, dá mais um passo no desenvolvimento de uma fala autoral e profundamente renovadora da produção brasileira de dança”. Helena Katz, crítica de O Estado de São Paulo – Caderno 2, 30 de Maio de 2008 (D4)
