A radioterapia causa poucos efeitos colaterais. Para quem faz quimioterapia, a radioterapia fica para o final, mas não pode haver grandes atrasos como, infelizmente, acontece com muitas brasileiras. <br /> <br />Fabricia já fez quatro sessões de quimioterapia. Ela voltou ao consultório para medir o tumor na mama. Há dois meses, quando Fabricia descobriu a doença, o tumor tinha 5 centímetros. A médica revela que o tumor reduziu para três centímetros. <br /> <br />Fabricia ainda tem pela frente mais quatro sessões de quimioterapia, a cirurgia para a retirada da mama e a radioterapia. A jornada dela apenas começou. <br /> <br />Já Cátia se prepara para uma das últimas etapas do tratamento: a radioterapia. Um ano se passou desde que descobriu o câncer. Ela fez quimioterapia e cirurgia para a retirada da mama. E agora tenta controlar a ansiedade. <br /> <br />A radioterapia é usada para reduzir o risco da doença voltar no local em que o tumor se encontrava, nos gânglios próximos a ele, e assim diminuir a probabilidade das células malignas se espalharem para outros órgãos. Saiba onde encontrar tratamento em todos os estados do Brasil. <br /> <br />Ao contrário da quimioterapia, a radioterapia age apenas na área atingida pelos raios. O aparelho de radioterapia emite doses controladas de radiações capazes de atingir o DNA das células malignas. Esses raios alteram a estrutura do DNA e fazem com que a célula morra quando tenta se dividir. <br /> <br />A radioterapia causa poucos efeitos colaterais. Para quem faz quimioterapia, a radioterapia fica para o final, mas não pode haver grandes atrasos como infelizmente acontece com muitas brasileiras. <br /> <br />“Segundo a estimativa da Sociedade Brasileira de Radioterapia, perto de 100 mil pacientes precisaram de radioterapia em 2013 e não tiveram”, afirma João Luís Fernandes da Silva médico da Sociedade Brasileira de Radioterapia. <br /> <br />O problema não é falta de equipamentos. A Organização Mundial de Saúde recomenda um aparelho de radioterapia para cada 600 mil habitantes. Portanto, para 200 milhões de brasileiros, aproximadamente 333 aparelhos seriam suficientes. E nós temos 376. <br /> <br />“Nós temos um número suficiente. Porém, nós temos um problema importante que é a falta de recursos humanos. Outro ponto: boa parte destas máquinas estão sucateadas. E a divisão geográfica não é absolutamente ideal. Há lugares que tem máquinas demais e lugares em que há máquinas de menos”, destaca o médico João Luís Fernandes da Silva. <br /> <br />Cátia conseguiu fazer pelo SUS, as 25 sessões de radioterapia no período adequado. “Parece um alívio de ter acabado isso”, ela conta. <br /> <br />Cátia ainda vai completar o tratamento com outras duas medicações para evitar que a doença volte. Durante um ano, a cada 21 dias, ela vai voltar à mesma sala onde fez quimioterapia para receber doses de um remédio chamado ‘Trastuzumab’, que não provoca poucos efeitos desagradáveis.
