No seu discurso à Câmara dos Comuns, do Parlamento britânico, o Primeiro-ministro voltou a afirmar que o país não vai pagar a contribuição extraordinária de 2,1 mil milhões de euros, pedida pela UE, sem que antes a questão seja, exaustivamente debatida. <br /><br />Para David Cameron a União Europeia está a partir de pressupostos orçamentais que são ainda previsionais e que quem paga são os contribuintes:<br /><br />“A União Europeia tem de mudar, tem de recuperar a confiança e isso começa compreendendo e respeitando o facto de que esses pagamentos e ajustes são feitos à custa dos impostos pagos pelos cidadãos. Este é só um dos muitos desafios, na nossa longa campanha para reformar a União Europeia, mas é vital fazê-lo.”<br /><br />Há três dias, o presidente cessante da Comissão Europeia, Durão Barroso, tinha dito que esta contribuição extraordinária deriva de dados estatísticos oficiais e que, por isso, não compreende a surpresa do Primeiro-ministro britânico. <br /><br />A contribuição, definida tendo por base a nova forma de cálculo dos Produtos Internos Brutos nacionais, atinge os países considerados mais prósperos mas não todos da mesma forma.
