A Organização Mundial de Saúde (OMS) diz que continua muito baixo o risco do vírus Ébola se espalhar por outros continentes, já que considera muito boa a monitorização feita nos aeroportos dos países africanos afetados. <br /><br />Mas numa sessão de esclarecimento no Parlamento Europeu, em Bruxelas, esta quarta-feira, a diretora da OMS para a Europa pediu, contudo, mais esforços para mobilizar peritos.<br /><br />“Precisamos de muito mais pessoal internacional no terreno, mas para que esses peritos possam ir descansados para os países afetados, temos de garantir-lhes que, no caso de serem infetados, vão ter bons cuidados de saúde em bons centros, seja no local ou quando são repatriados para a Europa”, disse Zsuzsanna Jakab.<br /><br />A União Europeia também deu 24 milhões de euros para estudos científicos sobre vacinas e novos medicamentos. <br /><br />Mas a eurodeputada francesa dos Verdes, Michèle Rivasi, teme que o súbito interesse comercial das farmacêuticas leve a um menor cuidado com os padrões de segurança.<br /><br />“Se fizermos estudos com demasiada pressa, tal pode levar à morte de crianças ou mulheres grávidas, na medida em que vamos vacinar pessoas saudáveis. Logo, a vacina não é algo que vá estar disponível em breve. O que se deve fazer é travar o atual surto o mais rapidamente possível”, defendeu a eurodeputada.<br /><br />Para avaliar a situação, o comissário europeu para a Ajuda Humanitária e o seu colega com a pasta da Saúde vão visitar a Serra Leoa, Guiné-Conacri e Libéria de 12 a 16 de novembro.
