Não tenho inveja dos poetas. <br /> <br />Também sei enrolar e desenrolar <br />as tranças do vento <br />e plantar no charco do tempo <br />as árvores do sonho. <br /> <br />Não tenho inveja dos poetas. <br /> <br />Também sei montar e desmontar <br />o cavalo do silêncio <br />e descobrir <br />no arfar das tempestades <br />um búzio de esperança. <br /> <br />Não tenho inveja dos poetas. <br /> <br />Sei adormecer e acordar <br />dentro do quotidiano. <br /> <br />Francisco Gonçalves de Oliveira