A sedação profunda e contínua até a morte para certas doenças, defendida no relatório parlamentar de dois deputados franceses – um da maioria, outro da oposição – promete dar avanços significativos na legislação gaulesa sobre doentes terminais.<br /><br /> O presidente francês recebeu o documento e prometeu um debate na Assembleia Nacional em janeiro e uma eventual nova lei. François Hollande nunca mencionou as palavras “eutanásia” ou “suicídio assistido”.<br /><br /> “A lei será um grande avanço porque dará resposta a inúmeros casos que hoje podemos imaginar. Morrer na dignidade para poder viver a vida na sua plenitude, essa é a vontade do legislador que a incluirá no direito do nosso país”, declarou.<br /><br /> A proposta deverá contar com a resistência de alguns grupos conservadores, mas a igreja católica francesa acolheu-a favoravelmente ao considerar que a ideia se inscreve no “melhor acompanhamento dos mais vulneráveis e não entra na eutanásia ou no suicídio assistido”.
