Três dias depois do incêndio do “ferry” Norman Atlantic no mar Adriático, continuam por determinar as causas da tragédia e o número real de vítimas.<br /><br /> Até ao momento, foi confirmada a morte de onze passageiros, aos quais se juntam dois albaneses que faleceram quando participavam nas operações de reboque da embarcação acidentada.<br /><br /> Mas o número de desaparecidos ainda está por determinar, depois de ter sido confirmada a presença a bordo, tanto de passageiros que não constavam no registo, como de vários imigrantes ilegais. Oficialmente, havia 474 nomes na lista de embarque; entre os 427 resgatados, mais de duas dezenas não estavam nessa lista.<br /><br /> Proveniente de Patras, na Grécia, o “ferry” está agora a ser rebocado com destino ao porto de Brindisi, na Itália. As autoridades italianas esperam depois poder esclarecer então a origem e dimensão da tragédia.<br /><br /> Esta quarta-feira, os últimos resgatados chegaram à localidade italiana de Taranto, a curta distância de Brindisi, onde se encontra a maioria dos sobreviventes.<br /><br /> Um alemão que estava a bordo do Norman Atlantic queixa-se da falta de informação por parte da tripulação. Timo Berndt acredita que “a maioria das vítimas morreu porque tentou saltar para o mar, durante a primeira hora do incêndio, sem qualquer informação ou assistência”.<br /><br /> O comandante do Norman Atlantic já foi ouvido pelas autoridades italianas, que de momento tentam apurar se os procedimentos de segurança a bordo foram ou não respeitados.