O jornalista australiano Peter Greste poderá ser repatriado, caso o sistema judicial do Egito venha a aplicar um decreto presidencial (assinado por Abdel Fattah al-Sisi) que entrou em vigor em novembro.<br /><br /> Greste e três colegas de nacionalidade egípcia foram detidos, há cerca de um ano, quando trabalhavam para o canal de TV Al Jazeera. <br /><br /> Um repórter de imagem foi libertado, mas os restantes arguidos foram condenados a penas de prisão, entre sete e dez anos, por difundirem notícias falsas e colaborarem com organização terrorista.<br /><br /> A chefe da diplomacia australiana, Julie Bishop, disse que “foi feita recentemente uma alteração legislativa que permite uma espécie de transferência dos presos, ou dos arguidos, para o país de origem. Estamos neste momento a estudar todas as possibilidades.”<br /><br /> Na quinta-feira, o Supremo Tribunal ordenou a repetição do julgamento, com base em erros judiciais, e a defesa aproveitou para dar entrada ao pedido de repatriação de Greste.<br /><br /> A comunidade internacional tem criticado o caso, que considera politicamente motivado.<br /><br /> Os Repórteres Sem Fronteiras informaram no seu relatório anual, publicado em dezembro, que há 16 jornalistas atrás das grades no Egito.<br /><br /> Desde que foram detidos, num hotel no Cairo, os três jornalistas encontram-se encarcerados na prisão de Tora, também situada na capital egípcia.
