O barril de Brent quebrou esta quarta-feira a barreira simbólica dos 50 dólares. Durante a manhã, o barril, para entrega em fevereiro, chegou a valer 49,66 dólares, antes de recuperar ligeiramente.<br /><br /> Com a cotação em queda desde junho, devido a uma produção excessiva face à procura, os analistas não descartam que o barril possa descer até aos 40 dólares. <br /><br /> O crude está em mínimos de meados de 2009. <br /><br /> A queda acentuou-se após a reunião da OPEP em novembro. Nos poucos dias de 2015, em Londres ou Nova Iorque, o crude já perdeu mais de 10%. Mas desde junho, o Brent perdeu metade do valor. <br /><br /> Mike Ingram, analista do BGC Market, afirma: “Antes do Natal tudo o que eu ouvia era o quanto a queda do preço do petróleo era bom para o consumidor e para a economia global. Como disse na altura, existem alguns efeitos colaterais desagradáveis. Uma delas é possível tensão geopolítica gerada por alguns produtores de petróleo. Penso, sobretudo, na Rússia “.<br /><br /> Nos Estados Unidos, os “stocks” atingiram em novembro um valor recorde. <br /><br /> Na luta por quotas de mercado, a Arábia Saudita baixou os preços aos Estados Unidos e à Europa e não pretende reduzir a produção. <br /><br /> Os consumidores ressentem uma redução dos preços dos combustíveis, mas isso aumentou o risco de deflação na zona euro.