A edição do Charlie Hebdo desta quarta-feira era aguardada com expetativa não só em França, mas em todo o mundo.<br /><br /> Na capa do semanário, o desenho do profeta Maomé, mais uma vez suscita opiniões e reações diferentes.<br /><br /> “Estamos num país com liberdade de expressão, e eu exprimo-me: sou contra o que Charlie disse, porque atingiu profundamente o nosso profeta, que é algo muito, muito sagrado. Podem atingir o meu pai, a minha mãe, os meus filhos, mas não o nosso profeta”, disse uma cidadã muçulmana.<br /><br /> “Creio que todos temos o direito ao humor, o direito a caricaturar. Não vejo porque não possamos rir”, afirmou outra cidadã com raízes muçulmanas.<br /><br /> Uma porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão qualificou de “provocação” e de “insulto” a capa do Charlie Hebdo.<br /><br /> A mesma fonte acrescentou que “o abuso da liberdade de expressão no Ocidente não é aceitável” e que “é esperado dos líderes europeus o respeito pelas crenças e pelo sagrado”.<br /><br /> No Médio Oriente a mais alta autoridade