No país que conta com a maior taxa de desemprego juvenil da Europa, o quotidiano de Giota Vamvaka, uma licenciada em sociologia de 28 anos, revela as razões da revolta entre os mais jovens.<br /><br /> Empregada de mesa num café de Atenas, Giota faz parte dos mais de 50% de jovens gregos atualmente sem trabalho. Uma situação agravada pelas medidas de austeridade impostas desde 2009 que atingiram igualmente o salário dos pais:<br /><br /> “O único emprego que encontrei, no início dos estudos e agora que estou num curso de arte dramática, foi o de empregada de mesa, nada mais. Fazer café, servir, atrás do balcão, o típico trabalho de sobrevivência em part-time”.<br /><br /> Thalis Politis, um colega do curso de arte dramática faz o mesmo retrato da situação atual. Sem emprego, depois de ter tirado um curso de artes gráficas, o jovem reconverteu-se em ator ocasional, um trabalho pago a 10 euros por atuação:<br /><br /> “Claro que vou votar e penso que o nosso dever é ir votar pois somos jovens e está nas nossas mãos mudar a sit