O dia 5 de março de 2016 acaba de entrar para a história do futebol. O projeto do árbitro de vídeo, elaborado pela CBF e ampliado com a opinião de outros países, foi aprovado pelo International Football Association Board (IFAB). Com essa vitória, o Brasil poderá testar o uso da tecnologia para acabar com dúvidas em lances decisivos.<br /><br />O presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Sérgio Corrêa, e o representante da América do Sul no painel consultivo da IFAB e instrutor da ENAF, Manoel Serapião Filho, apostaram na ideia e passaram por cinco momentos cruciais até a aprovação.<br /><br />Setembro de 2015<br />Presidência da CBF solicita a utilização de imagens para auxiliar os árbitros no Brasileirão. FIFA encaminha o pedido para apreciação do IFAB.<br /><br />Dezembro de 2015<br />IFAB inclui o árbitro de vídeo na lista de itens para debate no 130º Congresso Anual, em março de 2015.<br /><br />Janeiro de 2016<br />Comissão de Arbitragem apresenta e abre o projeto de árbitro de vídeo para avaliação de árbitros e especialistas, durante o seminário internacional “Planejamento Estratégico Plurianual da Arbitragem Brasileira”.<br /><br />Fevereiro de 2016<br />Na reunião do IFAB, realizada em Londres, Sérgio Corrêa e Manoel Serapião participam de reunião exclusiva sobre o tema com o secretário-geral, Lukas Brud, e o diretor do Subcomitê Técnico, David Elleray.<br /><br />Março de 2016<br />Durante o 130º Congresso Anual do IFAB, em Cardiff, no País de Gales, é aprovada a utilização do árbitro de vídeo.<br /><br />Para Sérgio Corrêa, a permissão para o emprego do recurso de vídeo no apoio à arbitragem é um marco na história do esporte mais popular do mundo, como foram a regra do impedimento, a introdução dos cartões, o recuo de bola para os goleiros, as substituições etc.<br /><br />– O projeto do árbitro de vídeo nasceu na CBF e, agora, não temos dúvidas da evolução proporcionará ao futebol. Assim como a criação do impedimento mudou a tática, o árbitro de vídeo dará ao torcedor uma nova visão em relação ao árbitro, que acaba sendo atacado por questões impossíveis ao olho humano. É uma mudança positiva para todos que admiram o bom espetáculo – afirmou o presidente da Comissão de Arbitragem da CBF. <br /><br />O árbitro de vídeo foi o sexto tema a ser debatido no Congresso Anual do IFAB, que recomendou um período mínimo de cinco meses para treinamento e definição estrutural. No projeto aprovado, foram listados os lances em que será admitida a utilização das imagens para evitar erros.<br /><br />1) Gol marcado – Revisão de possíveis infrações às regras do jogo na preparação para marcar o gol, incluindo impedimento, falta e mão na bola.<br /><br />2) Decisão sobre Pênalti – Revisão de possíveis infrações dentro ou perto da área do pênalti, resultante num pênalti incorreto ou em não marcação do pênalti existente.<br /><br />3) Incidente com Cartão Vermelho Direto – Revisão de possíveis infrações às regras do jogo resultando em cartão vermelho (direto), ou seja, não aplicável em caso de segundo cartão amarelo.<br /><br />4) Identidade Equivocada – Revisão de possível punição ao jogador que não cometeu a infração.<br /><br />Para ler mais notícias da Confederação Brasileira de Futebol, acesse http://www.cbf.com.br
