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Muhammad Ali: como se chora a morte de um ícone

2016-06-05 1 Dailymotion

Muhammad Ali pediu em vida ao público que não se esquecesse de que ele era “O Maior”. Agora que morreu, o título é incontestado e permanece. As reações de pesar multiplicam-se e unem-se em volta da figura unanimemente tida como muito maior do que ter sido triplo campeão do mundo.<br /><br /> Ali, the G-O-A-T. A giant, an inspiration, a man of peace, a warrior for the cure. Thank you. pic.twitter.com/MCLyJhLC0X— Michael J. Fox (@realmikefox) 4 juin 2016<br /><br /> Em 1974, Ali defronta George Foreman no mítico combate “Rumble in the Jungle” ou “Rugido na Selva”. <br />Foreman tinha 25 anos, dois títulos de campeão do mundo. Ali tinha estado mais de 3 anos parado, fora vencido por Joe Frazier e já tinha 32 anos. Ganhou.<br /><br /> De um homem que o fez pensar em vingança durante muito tempo depois de o ter picado no ringue gritando-lhe repetidamente ao ouvido “é só isso que tens para dar, George?” mesmo depois de socos que deitariam qualquer um ao chão, George Foreman diz: “Muhammad Ali é incomparável. Eu conheci o mais bem parecido, mais bonito homem que alguma vez conheci na vida, e ele era um pugilista. Quero dizer, ele pertence às artes, pertence à política e pertence à ciência. Que fenómeno. E é algo que não voltaremos a ver de novo, isso posso assegurar.”<br /><br /> It’s been said it was Rope a dope, Ali beat me with no his beauty that beat me. Most beauty I’ve know loved him pic.twitter.com/G64WX3eyZC— George Foreman (@GeorgeForeman) 4 juin 2016<br /><br /> Do rancor à admiração, o caminho fez-se e foi sem retorno. <br />O oitavo round em que foi ao tapete tal como Ali tinha previsto e não mais se levantou, entregando assim o título de campeão do mundo, ficou-lhe na memória. Do combate que ficou conhecido como “discutivelmente o mais importante evento desportivo do século”, resta-lhe um sorriso com que adoça uma derrota pesada: “Ao “Rugido na Selva”, chamo-lhe o “Gamanço na Selva”: fui para lá com dois títulos de peso pesado, voltei sem nenhum.”<br /><br /> Não soam a falso todas as declarações de quem privou com ele e que se estendem sempre muito para lá das cordas de um ringue. Muhammad Ali era um homem completo. <br /><br /> ...His legacy will be part of our history for all time.— Bob Arum (@BobArum) 4 juin 2016<br /><br /> Bob Arum foi promotor de boxe e trabalhou muitos anos com Muhammad Ali: “Quando olho para a vida dele em retrospetiva, -e fui abençoado por poder chamar-lhe amigo, passei muito tempo com ele, -é difícil falar dos seus feitos no boxe porque por maiores que tenham sido, esbatem-se quando comparados com o impacto que ele teve no mundo.”<br /><br /> “We pray that the greatest fighter of them all finally rests in peace.” —President Obama #RIPMuhammadAli— Barack Obama (@BarackObama) 4 juin 2016<br /><br /> Ali defendeu os direitos dos negros para além dos punhos; disse não à guerra do Vietname e não a fez; mudou de nome porque mudou de religião e viveu-a até ao fim. Sabia a sua identidade por completo e disse que nos teríamos de habituar a ele: “Eu sou a América. Sou a parte que não reconhecerão, mas habituem-se a mim. Preto, confiante, atrevido. O meu nome, não o vosso. A minha religião, não a vossa. Os meus objectivos, os meus próprios. Habituem-se a mim.”<br /><br /> Os hábitos são difíceis de mudar. Muhammad Ali tornou-se imortal.<br />

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