Na Síria a ajuda humanitária continua bloqueada, sem acesso às populações encurraladas nas zonas de conflito, apesar do cessar-fogo.<br /><br /> A chamada rota do Castello é a via mais rápida de acesso aos bairros rebeldes de Alepo, onde 250 mil pessoas estão desde julho sitiadas, mas os camiões com ajuda humanitária continuam a aguardar que o exército sírio e os seus aliados libertem o caminho que lhes permita avançar. O acordo de trégua previa que as forças em conflito se retirassem de uma faixa de 3,5 km, mas isto não foi ainda cumprido.<br /><br /> Em pano de fundo, são esgrimidas as acusações mútuas, com o governo sírio a culpas as forças rebeldes, que afirma não respeitarem a trégua.<br /><br /> O enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, apelou esta quinta-feira a Damasco para que autorize com urgência a entrada em Alepo dos camiões com ajuda humanitária.<br /><br /> De Mistura lembrou que a rota de Castello tem um estatuto especial no acordo Russo-Americano e sublinhou que estão dois grupos de 20 camiões imobilizados, à espera dos salvo-condutos que o governo de Bashar al-Assad não emitiu ainda, e sem os quais os comboios com ajuda humanitária não podem avançar rumo a Alepo.<br /><br /> Special Envoy for #Syria Staffan de Mistura urges the Government to release permits for aid access deliveries. pic.twitter.com/3wAfY7EVra— UN Geneva (@UNGeneva) 15 septembre 2016<br /> <br /><br /> Outros 40 camiões com alimentos continuam entretanto parados depois de terem passado a fronteira turca, à espera dos salvo-condutos que Damasco não enviou ainda. <br /><br /> Nos bairros rebeldes de Alepo cerca de 250 mil pessoas estão desde julho isoladas sem ajuda humanitária.<br />