Um antigo membro de um “esquadrão da morte”, Edgar Matobato, disse a uma comissão de inquérito no Senado, esta quinta-feira, que o presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, matou um funcionário do departamento de justiça e ordenou o assassínio de opositores, quando era presidente do município de Davao.<br /><br /> A comissão de inquérito, presidida pela senadora Leila de Lima, investiga os casos de assassinatos extra-judiciais na campanha movida por Duterte contra o tráfico de droga.<br /><br /> Leila de Lima estava também na lista negra de Duterte. Segundo Matobato, o esquadrão da morte do qual fazia parte recebeu em 2009 ordens do então presidente da Câmara para matar a senadora. <br /><br /> Durante o interrogatório, transmitido em direto pela televisão, o ex-membro do “esquadrão da morte” de Davao relevou que Rodrigo Duterte matou em 1993 um agente do Departamento Nacional de Inquérito, que depende do Ministério da Justiça. <br /><br /> Segundo Matobato, o agente tinha sido ferido num tiroteio e estava ferido no chão quando Duterte chegou e esvaziou contra ele dois carrregadores de uma pistola-metralhadora Uzi.<br /><br /> Ainda de acordo com Matobato, entre 1988 e 2013 o “esquadrão da morte” matou sobretudo indivíduos suspeitos de crime e inimigos pessoais da família de Duterte.<br /><br /> Desde que Duterte assumiu o poder em junho, a guerra contra a droga terá levado ao assassinato de cerca de 2.400 pessoas por “esquadrões da morte”.<br /><br /> O ministro da Justiça, Vitaliano Aguirre, classificou de “mentiras” as declarações de Edgar Matobato.<br />
