O Dalai Lama apelou esta quinta-feira no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, para que a Europa não renuncie a criticar de forma construtiva a China, sobre a questão tibetana.<br /><br /> O líder budista do Tibete pediu aos eurodeputados que não esqueçam o Tibete nas conversações com responsáveis chineses e que visitem a região sempre que puderem, em sinal de apoio ao povo tibetano.<br /><br /> Tenzin Gyatso reiterou o seu apelo nos encontros com responsáveis e diplomatas do Conselho da Europa, ressalvando que os seus compatriotas aceitam fazer parte da China, desde que Pequim respeite a cultura, a língua e as tradições tibetanas.<br /><br /> “Não é a independência que queremos. A história é a história”, disse o Dalai Lama. “Identificamo-nos com o modelo político da União Europeia, de comunidade de Estados soberanos.”<br /><br /> Tenzin Gyatso defendeu ainda a necessidade de promover uma educação laica baseada em valores morais, que garanta o respeito dos direitos humanos. <br /><br /> O Dalai Lama deixou em agosto de 2011 o cargo de líder político do Tibete, que passou a ser assumido por Lobsang Sangay, primeiro-ministro do governo tibetano no exílio, que não é reconhecido oficialmente por nenhum país.<br /><br /> O presidente da Comissão dos Assuntos Externos do Parlamento Europeu, o alemão Elmar Brok, disse que o houve pressões para que o encontro fosse cancelado, acrescentando que o Parlamento Europeu tem o direito de escolher os seus interlocutores.<br />