Quarta feira foi o dia em que o mundo conheceu a morte de Shimon Peres, o último dos fundadores do Estado de Israel, em 1948. <br /><br /> Nos territórios palestinianos, há ausência de luto nas reacções ao desaparecimento do antigo Ministro dos Negócios Estrangeiros, Primeiro Ministro, Prémio Nobel da Paz, e Presidente de Israel:<br /><br /> ““Ele cometeu muitos crimes, um deles foi em Qana”:http://www.bbc.com/portuguese/reporterbbc/story/2006/07/060730_libanoqanaanalise_crg.shtml. É sabido que matou muitos palestinianos, mas, apesar disso, foi um líder moderado. Shimon Peres costumava apelar à paz e à convivência pacífica entre árabes e israelitas na mesma zona.”, diz Halim Jaber, palestiniano de Ramallah. <br /><br /> A primeira intenção política foi cumprida, a de fundar o Estado de Israel, a segunda foi atingir a paz com os palestinianos. <br /><br /> Shimon Peres morreu sem cumprir o objectivo. <br /><br /> O porta-voz do Hamas em Gaza, Sami Abu Zuhri, atribui a esta morte o início de um outro ciclo no conflito: “Shimon Peres foi o último da geração de co-fundadores da ocupação israelita e, portanto, a sua morte representa o fim de uma era na história da ocupação e o início de uma nova era de enfraquecimento e retirada da entidade sionista; asseguramos que o povo palestiniano está feliz com o desaparecimento deste criminoso que esteve envolvido em muitos crimes e no derramamento de sangue do povo palestiniano.” <br /><br /> السيد الرئيس #محمود_عباس: وفاة الرئيس الإسرائيلي السابق شمعون بيريس خسارة كبيرة للإنسانية والسلام في المنطقة.#ShimonPeres #MahmoudAbbas pic.twitter.com/06GKk1qnfJ— Pres. Mahmoud Abbas (@president_abbas) 28 septembre 2016<br /><br /> Não se sabe se Mahmoud Abbas, Presidente palestiniano, estará presente no funeral, em Jerusalém, mas emitiu um comunicado onde regista as condolências à família, expressando “tristeza e pena” e elogiando os “esforços intensos para atingir uma paz duradoura até aos últimos dias” de Shimon Peres.<br />
