António Guterres reagiu à decisão do Conselho de Segurança das Nações Unidas com “gratidão e humildade”.<br /><br /> O antigo primeiro-ministro português e antigo alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados falou deu a primeira declaração oficial em Lisboa e começou por dirigir-se aos jornalistas e ao mundo em português:<br /><br /> “Gratidão, em primeiro lugar, em relação aos membros do Conselho de Segurança pela confiança que em mim exprimiram, mas também em relação à Assembleia Geral das Nações Unidas e a todos os Estados-membros por terem decidido num processo exemplar de transparência e abertura, bem como aos meus colegas candidatos cuja inteligência, dedicação, e cujo empenhamento, nesta campanha, muito contribuíram para o prestígio das Nações Unidas”, disse Guterres.<br /><br /> Aquele que ocupará a liderança da ONU depois de uma votação por unanimidade, falou também na “humildade para saber reconhecer a inspiração que vem da coragem e da generosidade de tantos e tantos trabalhadores das Nações Unidas e dos seus parceiros que afrontam os maiores perigos ao serviço da comunidade internacional”.<br /><br /> Face a 13 rivais e durante quase 300 dias, Guterres, homem de consenso, manteve a liderança. <br /><br /> O atual Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-Moon felicitou Guterres após o voto enalteceu as qualidades do português enquanto responsável pela ACNUR: <br /><br /> “Trabalhámos juntos nas Nações Unidas, quando ele era Alto Comissário para os Refugiados. Mostrou compaixão pelos milhões de pessoas que tinham perdido as casas delas. Trabalhou sem cessar para levar a cabo operações de assistência”.<br /><br /> Ban Ki Moon teceu ainda elogios à experiência de Guterres enquanto homem político e a respeito da sua formação: <br /><br /> “A experiência dele como primeiro ministro de Portugal e o vasto conhecimento que tem dos grandes temas internacionais e a sua grande capacidade intelectual vão ser-lhe uteis à frente das Nações Unidas neste período tao importante. <br /><br /> António Guterres, por seu lado, pediu ainda aos Estados membros que apoiassem Ban Ki Moon até ao fim do seu mandato, que termina em dezembro.<br /><br /> O novo Secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, ocupa o cargo a partir de janeiro de 2017.<br />
