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Hampi: O tesouro indiano resgatado do esquecimento

2016-10-06 13 Dailymotion

Foi através de relatos detalhados de viajantes portugueses do século 16, como Domingo Pais ou Fernão Nunes, que o mundo ficou a conhecer a magnitude de um dos maiores tesouros da Índia: Hampi.<br /><br /> O Templo de Virupaksha domina Hampi, a antiga capital do chamado Império Vijayanagara que conheceu a prosperidade no século 14 e manteve o seu poderio durante mais de duzentos anos. Em 1986, este conjunto monumental foi classificado como Património Mundial da Unesco.<br /><br /> Todos os anos, passam por aqui mais de meio milhão de turistas. Em breve, poderão também visitar estas imensas construções à luz do luar: os responsáveis de Hampi pretendem abrir as portas à noite. <br /><br /> The splendor of #VittalaTemple on this #heritage trail #Hampi https://t.co/n7pGSQ1FZL #Karnataka #Travel #India pic.twitter.com/9DDxIYI3wC— Ami Bhat (@amibhat) 15 septembre 2016<br /><br /> Samy veio da Alemanha. “Chegámos por volta das 5 da manhã. Subimos até ao Monte Mantunga e daí pudemos ver todo o conjunto de Hampi. Foi impressionante. Tirámos imensas fotografias, enviámos para os nossos amigos e eles ficaram estupefactos. Só nos perguntavam onde é que estávamos”, conta-nos.<br /><br /> Um tesouro escondido até ao século 19<br /><br /> Aquele que é considerado um dos maiores museus a céu aberto da Ásia estende-se ao longo de mais de 30 quilómetros quadrados no sul da Índia. Foi o coração de uma monarquia hindu até os sultanatos do planalto do Decão terem provocado a sua queda. As ruínas viriam a ser achadas por militares britânicos no início do século 19.<br /><br /> “O meu avô instalou-se aqui há oitenta anos. Na altura, não havia turismo. Mas vinham vários peregrinos. Ou seja, era um local de adoração, não de visita. O meu avô costumava oferecer café e alguns alimentos a esses peregrinos, porque os considerava como convidados de Deus”, diz-nos Manjunat Gowda, um guia local.<br /><br /> Há mais de mil monumentos neste complexo histórico. Os edifícios dividem-se entre a arquitetura de inspiração religiosa e as estruturas militares. Na verdade, a cidade encerrava-se originalmente dentro de sete linhas muralhadas, pontuadas por portais. <br /><br /> Segundo o arqueólogo Prakashn Nayakanda, “eles já tinham tudo o que era preciso. Tinham sistemas de irrigação, uma agricultura desenvolvida, uma arquitetura específica. Tudo o que se faz hoje em dia, já se fazia naquela altura”.<br /><br /> A glória da imensa e extravagante Hampi continua a deslumbrar pela originalidade e o mistério que envolve esta cidade que foi resgatada do esquecimento.<br />

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