O Presidente do Chade defende um acordo mais abrangente da União Europeia com os países da região do Sahel e não uma estratégia específica para cada um deles. Só assim, defende Idriss Deby, será possível abrandar os fluxos migratórios de refugiados no norte de África.<br /><br /> No ano passado, Bruxelas lançou um fundo de dois mil milhões de euros para combater a pobreza e os conflitos em África que têm motivado a fuga de muitas pessoas em busca de uma vida melhor na Europa. Idriss Deby quer mais e melhor para o Sahel.<br /><br /> O Presidente do Chade foi recebido esta quarta-feira em Berlim por Angela Merkel, naquela que foi a primeira visita oficial de um chefe de Estado daquele país africano desde que se tornou independente a 11 de agosto de 1960.<br /><br /> A Chanceler prometeu, por seu turno, reforçar em 8,9 milhões de euros a ajuda humanitária da Alemanha ao Chade, “um país cercado por regiões com graves conflitos em curso como a Líbia a norte, o Sudão a leste, a zona do lago Chade a ocidente e ainda os combates ao Boko Haram”. <br /><br /> “Por causa disto, o Chade tem de gerir mais de 700 mil refugiados”, sublinhou Merkel, referindo-se a um número que coloca o país liderado por Idriss Deby com o terceiro maior contingente de migrantes em busca de asilo de toda a África.<br /><br /> Antes de receber Idriss Deby, foi a Chanceler alemã quem esteve em África. Além da Etiópia, Merkel esteve também no Mali e no Níger, dois dos cinco países-membros do G5 do Sahel, grupo de que também fazem parte o Burkina Faso, a Mauritânia e o Chade e que compreende uma faixa com cerca de 4200 quilómetros cortando o território do norte de África desde o Atlântico, pelo deserto do Saara até à fronteira com o Sudão.<br /><br /> Para o próximo ano, a Alemanha assume a presidência do G20, o grupo das 20 maiores potências mundiais, e a Chanceler prometeu fazer de África uma prioridade.<br />