Afinal a crise dos refugiados pode ter alguns efeitos positivos para os países mais afetados. Na Grécia, a porta de entrada para muitos dos que fogem da guerra, depois de todo o drama, começa-se a olhar para a crise como uma oportunidade. Sobretudo por causa dos milhões euros que chegam da União Europeia para ajudar a fazer face ao fluxo.<br /><br /> Tassos Anastasatos, economista chefe do Eurobank, entrevistado pela euronews, defende que “nos próximos anos, a chegada de fundos europeus para resolver a crise dos refugiados, e que podem chegar aos mil milhões de euros, pode ter um efeito positivo. Vão gerar um aumento significativo da procura de bens e serviços, o que impulsiona a atividade económica”.<br /><br /> A correspondente da euronews em Atenas, Symela Touchtidou, lembra que, “de acordo com as estimativas do Banco Nacional da Grécia, os fundos europeus para a crise dos refugiados ajudaram o PIB grego a crescer 0.3% este ano. Num ano cheio de desafios, e para uma economia que tenta voltar a levantar-se, esta é uma ajuda importante”.<br /><br /> Aos cofres de Atenas devem chegar, até 2020, 509 milhões de euros do Fundo de Asilo, Migrações e Integração. Da Ajuda de Emergência outrso 352 milhões euros. Além disso, através de várias Organizações não Governamentais, já foram entregues cerca de 200 milhões de euros. <br /><br /> Panos Carvounis, representante da Comissão Europeia na Grécia, explica que “estamos a preparar-nos para dar dinheiro diretamente aos refugiados através de vales, que depois vão ser gastos em mercados locais para comprar comida, roupa e bens pessoais”.<br /><br /> Panos Carvounis acredita ainda que esta será também uma forma de dar mais dignidade à vida dos refugiados.<br />