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Caça à baleia: tudo na mesma após reunião da convenção internacional

2016-10-28 1 Dailymotion

A reunião da Convenção Internacional para a Regulação da Atividade Baleeira terminou sem grandes resultados.<br /><br /> É mais uma tentativa falhada de criação de santuários marinhos que protejam estes cetáceos.<br /><br /> Reunidos na Eslovénia, os países membros da convenção não conseguiram aprovar nenhuma das várias propostas apresentadas por diversos grupos de países. A única decisão aprovada foi a instauração de uma avaliação mais estrita dos programas de caça à baleia do Japão que continuam a existir sob o argumento da investigação científica.<br /><br /> Nicolas Entrup, consultor da Oceancare está dubitativo:<br />“A questão é saber se este novo grupo de trabalho vai trazer qualquer mudança – e, claro, a Comissão Baleeira Internacional não possui meios, não há nenhum mecanismo de cumprimento, não há possibilidade de sancionar um país. Assenta tudo na boa vontade. E eu duvido que o Japão esteja pronto a colaborar. No entanto, a comunidade internacional fez uma declaração muito clara – “Queremos ter um processo independente”.<br /><br /> O Japão é o único país a utlizar uma derrogação à moratória internacional de 1986, que lhe permite sob o pretexto de investigação científica continuar a caça às baleias.<br /><br /> Tóquio tem-se mantido intransigente em todas as negociações. Os números falm por si: <br /><br /> Desde 1986, foram mortas em nome da ciência 16.235 baleias; <br />para fins comerciais, 24.381 <br /> e no quadro da permissão às populações autótones foram abatidos 10. 139 destes mamíferos.<br /><br /> Uma decisão do Tribunal Internacional de Justiça tinha obrigado o Japão a renunciar à época da caça de 2014-2015, mas a decisão era temporária e, desde março de 2015, já foram mortas mais 333 baleias.<br /><br /> O Japão não é caso único. O país que mais baleias abate é a Noruega, que só em 2014 matou 736, seguido da Islândia com 161.<br />Os dois países continuam a praticar a caça comercial explorando as falhas jurídicas da moratória de 1986. Há outros, como o Canadá, a Rússia ou a Dinamarca que autorizam caça de subsistência para as populações autótones.<br /><br /> O caso do Japão é o mais gritante. Cientistas e defensores do ambiente têm dificuldade em acreditar que a investigação cientifica justifique a morte de centenas de baleias todos os anos.<br />

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