Com Reuters<br /><br /> O partido dos Piratas conseguiu piores resultados do que o esperado nas eleições legislativas anticipadas deste domingo na Islândia, apesar de ter aumentado o número de votos. <br /><br /> Os resultados deixam adivinhar a improbabilidade de que o Piratar venha a fazer parte de qualquer coligação governamental, ao ser a terceira força mais votada.<br /><br /> Uma sondagem publicada este sábado por uma empresa islandesa de estudos de mercado e de opinião e citada pela Euronews indicava um aumento nas intenções de voto, colocando o Partido dos Piratas em segundo lugar, depois do Partido da Independência (centro-direita). <br /><br /> Embora as eleições anticipadas se adivinhassem como um voto de castigo contra o primeiro-ministro, acusado de ligações ao escândalo financeiro conhecido como Panama Papers, um dos partidos parte da coligação até agora no Governo foi o mais votado – o Partido da Independência. <br /><br />Os piratas, entre hackers, ativistas e um poeta<br /><br />Com uma base eclética composta por hackers, ativistas sociais e liderados por um poeta islandês, o Piratar triplicou o número de votos em relação às legislativas de 2013.<br /><br /> By far the best image I’ve seen from this evening asta_fish #kosningar #PiratesForIceland pic.twitter.com/2ZsWmZdaS4— Arnaldur Sigurðarson (Arnaldtor) 30 de outubro de 2016<br /><br />Tanto os conservadores do Partido da Independência como os anti-sistema do Partido Pirata já disseram que não formarão uma coligação.<br /><br /> Com a contagem feita sobre mais de um terço dos votos, o Partido da Independência consegue 30,6%, o Partido da Esquerda Verde consegue 16% e o Partido Pirata 13,3% dos votos.<br /><br />Os Papéis do Panamá e as eleições islandesas<br /><br />O Partido Progressista do até então primeiro-ministro Sigmundur David Gunnlaugsson sofreu um duro golpe ao terem sido revelados os documentos conhecidos como os Papéis do Panamá, que ligavam a família do chefe de Governo islandês com milhões de euros em dívida de bancos islandeses falidos, existentes numa offshore. <br /><br /> No entanto, depois de conhecida a totalidade dos resultados, e como é hábito nas democracias nórdicas, esperam-se agora dias de negociação entre as diferentes forças políticas para a formação de um mais que provável Executivo de coligação.<br /><br /> É ainda demasiado cedo para saber-se que partidos poderão vir a fazer parte do novo Governo.<br />
