Com ANSA e EFE<br /><br /> Matteo Renzi pediu, na Piazza del Popolo, em Roma, o voto a favor da reforma constitucional proposta pelo seu Governo, num referendo a realizar dia quatro de dezembro e que parece ser também um referendo sobre o futuro político do primeiro-ministro italiano.<br /><br /> Renzi participou num evento organizado pelo Partido Democrático, do qual faz parte, depois de uma semana preenchida por iniciativas a favor das reformas que diz serem “fundamentais” para Itália.<br /><br /> Caso sejam aprovadas as mudanças, que o Senado da República perderá o poder legislativo, ou seja, Itália conhecerá o fim bicameralismo perfeito, passando a câmara alta a exercer funções de representação territorial, tal como acontece noutro países europeus com sistemas bicamerais.<br /><br /> O número de Senadores passaria, por outro lado, de 320 para 100. <br /><br /> Renzi diz que a reforma constitucional do Governo permitirá a Itália “ser como outros países quando há que tomar decisões” e servirá para “libertar o país da burocracia, da tecnocracia e de tudo aquilo que não serve para nada.”<br /><br /> No entanto, as últimas sondagens indicam que o Não poderia ganhar, com diferenças de um a nove pontos percentuais. <br /><br />Críticas à União Europeia<br /><br />Renzi aproveitou o evento para criticar a União Europeia, com quem mantém diferenças por causa do défice italiano.<br /><br /> Pediu a Bruxelas que abandone o “egoísmo a favor do altruísmo” e criticou as políticas de austeridade dos últimos anos e disse que, para crescer economicamente, é preciso investir.<br /><br /> Recordou que Itália é um dos países na linha da frente no que diz respeito à chamada crise dos migrantes e refugiados. Recordou aos assistentes o naufrágio ocorrido em abril deste ano, que deixou quase 700 mortos.<br /><br /> “Fomos buscar aquele barco. Fizemos funerais àquelas pessoas como deveria ter sido feito. Agora, queremos levar os restos daquele barco até Bruxelas e deixá-lo em frente ao novo edifício das instituições europeias”, disse Renzi.<br /><br /> “Ao pé daquele edifício, que custou mil milhões. Para explicar que a Europa não pode aceitar três mil mortos por ano, quatro vezes mais do que os mortos provocados pelo Daesh“, acrescentou.<br /><br /> È stata la bellissima festa di un popolo che non urla, che non insulta. Fare politica significa proporre, non dire solo No #sivainpiazza pic.twitter.com/TobLWud7gg— Matteo Renzi (@matteorenzi) 29 October 2016<br />