O grupo Estado Islâmico tentou transportar, na segunda-feira, cerca de 25.000 civis de uma localidade, a sul de Mossul, para o centro da cidade. Segundo as Nações Unidas, o objetivo do Daesh era usar essas pessoas como escudos humanos na ofensiva contra as tropas iraquianas.<br /><br /> Segundo a Organização Internacional para as Migrações, cerca de 18.000 iraquianos foram deslocados desde o início da ofensiva, a 17 de outubro.<br /><br /> “Quando o Daesh lá estava, era muito mau. Estávamos prisioneiros. Era um inferno. Não havia comida, água, ajuda, nada! Agora, as coisas estão melhores”, disse um iraquiano.<br /><br /> Como retaliação contra as forças iraquianas, que esta terça-feira entraram em Mossul, o EI executou 40 antigos membros das forças de segurança iraquianas, que tinham sido feitos reféns.<br /><br /> Iraq tells IS in Mosul ‘surrender or die’ https://t.co/DQxyyCQW70 pic.twitter.com/A3RadzPjyu— Reuters TV (@ReutersTV) November 1, 2016<br /><br /> Nos últimos dias, centenas de pessoas têm conseguido fugir dos territórios controlados pelos jihadistas e procurado refugio junto das tropas de Bagdade.<br /><br /> Um iraquiano conta que atravessaram “três aldeias até chegarmos aqui… Há crianças, idosos, doentes… É miserável, mas só nos podemos queixar a Deus.”<br /><br /> Com a intensificação dos combates contra as forças iraquianas, e com os jihadistas cada vez mais acuados, a situação dos habitantes de Mossul torna-se cada vez mais difícil.<br /><br /> As autoridades calculam que possam ainda estar mais de um milhão e meio de pessoas na cidade e temem, agora, que sejam usadas como escudos humanos.<br />