O cenário de devastação deixado pelo sismo de domingo na região central da Itália é a imagem também de outras ruínas: cerca de 40 mil pessoas ficaram sem teto, com as suas vidas suspensas. <br /><br /> Não apenas os adultos – as crianças ficaram sem escola, em risco de perder o ano escolar. <br /><br /> É o receio do autarca de Muccia, uma localidade com cerca de 890 habitantes, na província de Macerata, que perdeu a pré-escola, um edifício que tinha conseguido aguentar o impacto do sismo de agosto. <br /><br /> “Não me parece que seja possível reabrir antes do fim do ano escolar. Penso que estará a funcionar só no próximo ano escolar”, disse Mario Barone.<br /><br /> Não é ainda conhecido o número exato de crianças e escolas envolvidas, mas as autoridades estimam que 42 mil escolas necessitem de obras de reforço para prevenir futuros terramotos.<br /><br /> Os pais não sabem que planos podem fazer:<br /><br /> “O nosso receio é que as crianças percam o ano”, confessa uma mãe. “As autoridades dizem que podem frequentar as escolas das localidades costeiras onde nos deram abrigo, mas não sabemos o que será o nosso futuro…”<br /><br /> O sismo de domingo, o mais poderoso dos últimos 36 anos na Itália, afetou mais de 100 mil pessoas e deixou em ruínas habitações, edifícios históricos e igrejas em várias localidades dos montes Apeninos.<br /><br /> O governo italiano prevê um orçamento de cerca de 7 mil milhões de euros para as despesas de reconstrução e a instalação de abrigos para os desalojados.<br />
