Enquanto reinam as incertezas quanto a outros grandes acordos, a União Europeia avança noutras direções. Os responsáveis de Bruxelas assinaram esta sexta-feira um tratado de livre comércio com o Equador.<br /><br /> Um acordo que se junta aos já existentes com a Colômbia e Peru. Um compromisso que poder representar um alívio para a economia do país andino asfixiada pela prolongada queda do preço do petróleo e pela valorização do dólar. O acordo deve entrar em vigor a 1 de janeiro de 2017. Mas ainda tem de ser ratificado pelo Parlamento Europeu e Assembleia Nacional do Equador.<br /><br /> E nesta altura, estreitar relações com a Europa parece mais fácil e mais certo que com os Estados Unidos. Jorge Glas Espinel, vice-presidente do Equador, afirmou que “esperamos de Trump respeito, o respeito pelo nosso país, respeito pela nossa soberania. Os nossos cidadãos são sempre uma preocupação para nós. Países como o Equador ou outros da América Latinha têm importantes comunidades de imigantes nos Estados Unidos, com diferentes situações legais. Mas vamos estar atentos”.<br /><br /> Atentos vão também estar os líderes europeus. Em matéria de livre comércio e em relação às vontades do próximo presidente norte-americano existem muito poucas ou nenhumas garantias. A comissária europeia para o Comércio disse esta sexta-feira que “é natural que as negociações sejam interrompidas por algum tempo”. Cecilia Malmström disse mesmo que “o TTIP vai estar no congelador”.<br /><br /> Recorde-se que durante a campanha, Trump mostrou-se contra a Parceria Transatlântica para o Comércio e Investimento (TTIP) e contra todos os acordos de livre comércio já existentes.<br />