O Parlamento Europeu aprovou, esta quarta-feira, uma resolução (não vinculativa) que apela às instituições europeias e aos 28 Estados-membros para reforçarem medidas contra a “guerra de propaganda e de desinformação” levada a cabo pela Rússia na Europa. <br /><br /> O voto foi feito com base num relatório muito crítico, tendo o eurodeputado austríaco do centro-esquerda, Eugen Freund, referido que “serve para explicar como várias entidades russas, tais como a Rússia TV, a agência de notícias Sputnik e outras, tentam influenciar o público na Europa”. <br /><br /> “O que querem é dividir as pessoas na Europa e nos Estados Unidos da América (EUA), tentam minimizar o que os EUA ou a União Europeia (UE) está a fazer”, acrescentou. <br /><br /> O governo russo apressou-se a reagir, dizendo que a UE não pode querer dar lições de democracia e depois não aceitar concorrência de imprensa com outros pontos de vista. <br /><br /> O Presidente Vladimir Putin disse que “estamos a assistir a uma óbvia degradação, no sentido político da palavra, do que é o conceito de democracia na sociedade ocidental, neste caso ao nível do Parlamento Europeu”. <br /><br /> O relatório acusa a Rússia de manipular forças eurocéticas para desestabilizar a UE. <br /><br /> Uma ação que teria sido fomentada desde a anexação da região ucraniana da Crimeia pela Rússia, em 2014, nunca aceite pela UE.<br />