Com Reuters e Lusa<br /><br /> O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, convocou o embaixador dos Estados Unidos em Israel, Daniel Shapiro, para protestar contra a abstenção no Conselho de Segurança das Nações Unidas relativamente à resolução que pedia o fim da construção nos Territórios Palestinianos ocupados.<br /><br /> Não houve qualquer declaração oficial de nenhuma das partes depois do encontro.<br /><br /> Vários embaixadores foram também chamados ao ministério israelita dos Negócios Estrangeiros (Assuntos Exteriores) no domingo<br />para ouvir os protestos do Executivo hebreu.<br /><br /> Domingo é um dia útil no Estado de Israel, mas a maioria das representações consulares encontram-se fechadas. Além disso, o facto de que os embaixadores tenham sido chamados no dia de Natal é visto como uma decisão pouco habitual.<br /><br /> O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu criticou de forma contundente a decisão dos Estados Unidos no Conselho de Segurança.<br /><br /> Chegou mesmo a repetir o que um membro do seu Executivo dissera anteriormente: <br /><br /> Que os Estados Unidos tinham feito uma “conspiração com as autoridades palestinianas” para que a resolução fosse aprovada.<br /><br /> As acusações foram imediatamente rejeitadas por Washington.<br /><br /> Em declarações aos jornalistas, depois de uma habitual reunião semanal entre membros do Governo, o primeiro-ministro israelita disse que as negociações de paz seriam, a partir de agora “mais complicadas.”<br /><br /> “Como disse ao secretário de Estado John Kerry, os amigos não levam amigos para o Conselho de Segurança. Graças ao que disseram os nossos amigos nos Estados Unidos, Republicanos e Democratas entendem que o muro não é território ocupado”, disse Netanyahu.<br /><br /> A abstenção dos Estados Unidos na votação pôs fim a décadas de apoio incondicional do país a Telavive, enquanto membro do Conselho de Segurança da ONU.<br /><br /> A resolução aprovada na sexta-feira pelo Conselho de Segurança exorta Israel a “cessar imediata e completamente qualquer atividade de colonização em território palestiniano ocupado, incluindo Jerusalém Oriental”.<br /><br /> Foi apresentada pela Venezuela, pela Nova Zelândia, pela Malásia e pelo Senegal, aprovada com 14 votos a favor e nenhum contra.<br /><br /> Uma vez que nenhum dos quatro países conta com representação diplomática em Telavive, nenhum membro do corpo diplomático destes Estados foi convocado.<br />