Com Reuters<br /><br /> A histórica visita do primeiro-ministro japonês Shinzo Abe a Pearl Harbor e ao monumento ao USS Arizona ficou marcada pelo desejo expressado pelo mandatário nipónico em que o Japão não volte a participar numa guerra.<br /><br /> “O mundo precisa agora de um espirito de tolerancia e de um poder de reconciliação, especialmente agora”, disse o primeiro-ministro japonês.<br /><br /> “Os nossos paises erradicaram o ódio e cultivaram a amizade e a confiança como uma base dos nossos valores comúns”, continuou.<br /><br /> A reconciliação e a necessidade de chegar à paz foi também a nota dominante da intervenção do presidente Obama: <br /><br /> “A presença do primeiro-ministro Abe aqui hoje, recorda-nos tudo o que é possível conseguir entre Nações e entre os povos. As guerras podem chegar ao fim. O mais amargo dos inimigos pode tornar-se no mais forte dos aliados. Os frutos da paz são sempre superiores à destruição da guerra.”<br /><br /> A visita oficial de dois dias serviu também para que os dois países aliados pudessem expressar a sua proximidade, num momento que a China reafirma o seu poderio regional e militar.<br /><br /> A Administração Obama tem vindo a preocupar-se, por outro lado, com o facto de que o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, possa vir a complicar as relações nipo-americanas.<br /><br /> Abe visita cemitério de soldados de Pearl Harbor. #PearlHarbor #ShinzoAbe <br /><br />Leia mais: https://t.co/5r5d9CRXQw pic.twitter.com/Q1pj2m8VLy— ANSA Brasil (@ansa_br) 27 de dezembro de 2016<br /><br />O presidente eleito Trump poderia dar início a todo um novo dinamismo nas relações com Pequim.<br /><br /> Durante a visita ao memorial de Pearl Harbor, Abe e Obama prestaram homenagem aos mortos no ataque de 1941, levado acabo pelas forças japonesas e que deixou 2.400 mortos.<br /><br /> Shinzo Abe tornou-se assim no primeiro chefe de Governo japonês a visitar o monumento de Pearl Harbor.<br /><br /> No entanto, tal como previsto, Abe não pediu desculpas pelo ataque, tal como não o fez o presidente Obama no último mês de maio, quando visitou a cidade de Hiroxima, onde, quatro anos depois do ataque a Pearl Harbor, as forças dos EUA lançaram uma bomba atómica.<br />