O Irão decretou três dias de luto nacional após a morte de Hashemi Rafsanjani. O antigo presidente faleceu este domingo em Teerão aos 82 anos, depois de ter sido hospitalizado de urgência, na sequência de um enfarto.<br /><br /> O funeral oficial terá lugar esta terça-feira na capital iraniana, mas um grande número de dirigentes, personalidades e cidadãos iranianos já fizeram questão de lhe prestar homenagem.<br /><br /> O chefe da diplomacia iraniana, Mohammad Javad Zarif, afirma que o país “perdeu um dos maiores pilares da Revolução, um amigo do Imã Khomeini, amigo do líder”.<br /><br /> Rafsanjani era considerado um dos mais importantes representantes da ala moderada da Revolução Islâmica.<br /><br /> Uma iraniana diz que “todos os conservadores e moderados vieram novamente à mesquita do Imã Khomeini e juntaram-se para mostrar que Hashemi era o centro da unificação do país”.<br /><br /> Outro iraniano afirma que “não houve um acontecimento nos anos que se seguiram à Revolução, no qual Rafsanjani não jogasse um papel decisivo e, em todos os problemas desde então, representava uma referência e um refúgio”.<br /><br /> O “ayatollah” xiita conduziu os destinos do pais entre 1989 e 1997. Em 2005, voltou a tentar brigar pela presidência, mas foi derrotado por Mahmud Ahmadinejad. Entre 2007 e 2011, dirigiu a prestigiosa Assembleia dos Peritos, orgão que é nomeadamente encarregue de designar o líder supremo do Irão.<br /><br /> A sua morte representa um duro golpe para o presidente moderado Hassan Rouhani, que contava com o seu apoio para uma eventual reeleição em maio.<br /><br /> O correspondente da euronews, Javad Montazeri, diz que se “fecha a última página da vida de um dos arquitetos da República Islâmica do Irão. Na terça-feira, em frente à universidade de Teerão, ser-lhe-à dito o último adeus”.<br />
