2016 é o ano mais quente desde que há registo.<br /><br /> Pelo terceiro ano consecutivo, o planeta bate recordes em termos de calor que se traduzem, segundo os cientistas, numa clara tendência que confirma as alterações drásticas no clima, provocadas em grande parte pela atividade humana.<br /><br /> De acordo com a Organização Meteorológica Mundial, uma agência especializada da ONU, a temperatura global em 2016 foi superior em 1,1 graus centígrados à registada na era pré-industrial.<br /><br /> A questão introduziu-se na ordem do dia durante o Fórum Económico Mundial, em Davos, onde a Greenpeace voltou a pedir ações urgentes.<br /><br /> Segundo a diretora-executiva da ONG ambientalista, Jennifer Morgan, “não se assistia a este nível de aumento da temperatura há 115.000 anos. É urgente agir. A questão deve tornar-se central para os negócios e os governos precisam de agir e e dar ouvidos às pessoas que querem um futuro diferente”.<br /><br /> A chegada de Donald Trump – um cético das alterações climáticas – à presidência dos Estados Unidos fez crescer os receios de um retrocesso no combate global pelo clima, nomeadamente com uma eventual retirada da primeira potência mundial dos acordos de Paris.<br /><br /> Mas, questionado por Bernie Sanders, Scott Pruitt, a escolha do presidente-eleito para dirigir a Agência de Proteção do Meio Ambiente dos Estados Unidos, confirmou numa audiência perante uma comissão do Senado que disse que “Trump se equivocou ao sugerir e declarar, várias vezes, que as alterações climáticas são um engano”.<br /><br /> Pruitt afirmou, no entanto, que o alcance da influência humana no clima é alvo de debate.<br />