A chefe da diplomacia europeia reafirmou o desagrado da União com a nova política norte-americana sobre refugiados e migrantes. <br /><br /> No Parlamento Europeu, esta quarta-feira, Federica Mogherini disse que “o departamento de Estado dos Estados Unidos esclareceu-nos que os cidadãos da União Europeia não serão afetados pela interdição, mesmo quando têm dupla nacionalidade concedida por um dos sete países incluídos na ordem executiva”.<br /><br /> “Apreciamos este esclarecimento, mas quero deixar absolutamente claro que tal não muda a nossa avaliação geral sobre esta ordem executiva”, acrescentou.<br /><br /> O líder do grupo liberal incluiu, mesmo, o Presidente dos Estados Unidos no grupo das ameaças ao projeto europeu. <br /><br /> Guy Verhofstadt disse: “Temos o autocrata Putin, que quer desafiar a Europa, temos o Presidente Trump, que tem uma visão nacionalista e deseja a desintegração europeia, temos a ameaça dos islamistas e temos um grupo de pessoas no interior da União que a querem destruir. Aquilo que devemos fazer é unir-nos e lutar enquanto União Europeia”. <br /><br /> Vários eurodeputados defenderam uma posição dura junto da nova administração norte-americana, que um dos mais famosos eurocéticos britânicos considera despropositada. <br /><br /> Nigel Farage disse que “a retórica anti-Trump que vem de todo o lado mostra que a verdadeira natureza do projeto da União Europeia é um antiamericanismo genuíno”.<br /><br /> Durante a intervenção, o eurodeputado socialista britânico Seb Dance usou um cartaz manuscrito para dizer que Farage estava a mentir, o que causou polémica nalguma imprensa britânica.<br />