Em frente ao Parlamento de Bucareste pela terceira noite consecutiva, os manifestantes prometem manter a mobilização, até que o governo retire o decreto-lei, aprovado de emergência na terça-feira, que despenaliza abusos de poder e vários casos de corrupção.<br /><br /> “Viemos aqui porque queremos que eles revoguem o decreto e abandonem o poder”, dizia uma manifestante.<br /><br /> “Quero que voltem atrás com a lei, que introduziram no meio da noite. Quero que façam o seu trabalho. Não quero que saiam, quero que sejam responsáveis até ao fim, porque foram eleitos, mas agora estão a roubar a vista de todos nós”, afirmava outro.<br /><br /> Questionado sobe “até quando pensa continuar” o protesto, um outro dizia: “Todos os dias até que esta lei seja abandonada”.<br /><br /> Mas, imperturbável face aos protestos multitudinários, o primeiro-ministro romeno afirmou esta quinta-feira que o governo não dará volta atrás.<br /><br /> O chefe da Divisão Nacional de luta contra o Crime Organizado diz que “a estratégia [do país] no combate à corrupção tem sido a mesma há 12 anos, mesmo antes da entrada na União Europeia. O Estado deve ser consistente, seguindo a mesma estratégia através de todas as suas instituições. Mas, se não o fizer, deve comunicar que pretende fazer uma mudança de estratégia a nível nacional e só depois avançar com as mudanças na legislação”.<br /><br /> O Tribunal Constitucional da Roménia decidiu intervir, dando até ao dia 7 para que o governo e a magistratura apresentem argumentos acerca da alteração do Código Penal, antes de emitir o seu próprio veredito, no fim do mês.<br />
