A Alemanha decidiu acelerar as expulsões de migrantes que viram rejeitados os pedidos de asilo.<br /><br /> O acordo, que deverá ser “rapidamente” convertido em projeto-lei, foi concluído esta quinta-feira entre o governo de Angela Merkel e representantes dos Estados regionais.<br /><br /> Criticada pelo próprio campo conservador a respeito da política de “portas abertas”, a chanceler justificou a mudança de rumo, afirmando que “é necessário e deve ser feito, para permitir manter a capacidade [de acolhimento] e de ajudar os que têm direito a uma proteção humanitária, que foi alvo de um reconhecimento legal”.<br /><br /> O ministro alemão do Interior tinha apelado, durante a manhã de ontem, a “esforços comuns” entre o Estado federal e as regiões, competentes em matéria de expulsões.<br /><br /> Thomas de Maizière disse que “houve muitas atribuições de responsabilidade: a nível federal diziasse que os Estados regionais deviam fazer mais; as regiões diziam que devia ser o Estado federal. É preciso acabar com isto. É preciso um esforço comum. Todos devem assumir responsabilidades”.<br /><br /> Em 2016, 80.000 pessoas foram expulsas da Alemanha ou partiram de forma voluntária, mais 30.000 do que em 2015. Nos últimos dois anos, o país viu chegar mais de um milhão de requerentes de asilo, um número que levou grande parte da opinião pública a mostrar-se inquieta face à política migratória de Merkel.<br />