Dois anos e meio depois das manifestações pró-democracia que embaraçaram o governo chinês, os principais líderes da chamada “Revolução dos Guarda-Chuvas” irão enfrentar os tribunais.<br /><br /> Nove ativistas e políticos, entre os quais o trio que lançou o movimento “Occupy Central”, são acusados de vários delitos relacionados com os protestos maciços, nomeadamente perturbação da ordem pública.<br /><br /> Benny Tai, um dos fundadores do movimento, explicou que enfrentarão “longos processos legais mas, independentemente do resultado”, prometeu que “nunca desistirão”.<br /><br /> A notícia das acusações surge um dia depois do apelo à unidade lançado pela nova líder do executivo de Hong Kong. Carrie Lam, foi designada este domingo por um comité eleitoral que essencialmente reflete a escolha de Pequim e vai suceder em julho a Leung Chun-Ying, fortemente contestado durante as manifestações de 2014.<br /><br /> A ONG Amnistia Internacional considera que os processos contra os líderes da “Revolução dos Guarda-Chuvas” constituem um “ataque” contra as liberdades fundamentais e servirão apenas para “elevar as tensões políticas”.<br />