Com Lusa<br /><br />A organização Human Rights Watch (HRW) disse que a morte do dissidente chinês Liu Xiaobo mostra a crueldade do governo da China em relação aos defensores pacíficos dos direitos humanos e da democracia.<br /><br />Liu Xiaobo, prémio Nobel da Paz 2010, morreu aos 61 anos no hospital, onde estava desde 26 de junho devido a um cancro no fígado em fase terminal, depois de ter passado mais de oito anos preso pelo que Pequim define como subversão.<br /><br />“A arrogância, crueldade e insensibilidade do governo chinês são chocantes, mas a luta de Liu por uma China respeitadora dos direitos humanos e democrática continuará”, disse Sophie Richardon, diretora para a China da HRW.<br /><br />Guterres “profundamente triste”<br /><br />O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, lamentou a morte do ativista chinês.<br /><br />Guterres está “profundamente triste” com a morte de Liu e “apresentou as suas condolências à família e amigos”, disse o porta-voz numa conferência de imprensa.<br /><br />Ao contrário de outros líderes, o secretário-geral da ONU evitou fazer apelos ao governo chinês sobre a situação da viúva do ativista, Liu Xiaobo, que está sob prisão domiciliar.<br /><br />O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, por seu lado, falou em Xiaobo como um modelo inspirador na luta a favor dos Direitos Humanos e da liberdade de expressão.<br /><br />Comissão Europeia apela à liberdade na China<br /><br />O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, e o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, pediram à China que libertasse os “presos de consciência”.<br /><br />Bruxelas pediu também a Pequim que permita que a viúva de Xiaobo, Liu Xia, enterrar Xiaobo onde prefiram, deixando-os também fazer o luto “de forma pacífica”.<br /><br />Ainda assim, a Comissão pediu ao Governo chinês que ponha fim a todas as restrições “à liberdade de movimento e de comunicação da família do dissidente” e que autorize Liu Xia a deixar a China, se assim o desejar.<br />