A Turquia assinala a tentativa de golpe de Estado de 15 de julho do ano passado com milhares de despedimentos no setor público, de agente da polícia a soldados, passando por funcionários dos ministérios.<br /><br />Um ano depois da tentativa de golpe militar, o clérigo Fethullah Gülen, exilado nos Estados Unidos, denunciou uma caça às bruxas da parte do presidente Reçep Tayyip Erdogan.<br /><br />Segundo a agência de imprensa Estatal turca Anadolu, foram mais de 7.500 pessoas as que perderam os postos de trabalho, segundo um novo decreto publicado esta sexta-feira, relacionado com estado de emergência, que dura há um ano.<br /><br />A Anadolu conta também que 342 militares foram conduzidos à reforma. <br /><br />A purga de Erdogan dura há um ano<br /><br />Tayyip Erdogan e o Governo têm vindo a perseguir todos os que consideram próximos do clérigo Gülen. Em um ano, cerca de 50 mil pessoas foram detidas. Calcula-se que cerca de 4 mil magistrados tenham sido afastados dos tribunais e que o exército turco, o segundo maior da NATO/OTAN, tenha ficado fragilizado com os sucessivos afastamentos. <br /><br />O drecreto publicado na sexta-feira anuncia a radiação de pelo menos 150 generais.<br /><br />A Turquia homenageia os “mártires” e comemora o falhanço do golpe<br /><br />O dia 15 de julho é referido, por vários media nacionais, como “o dia da epopeia de 15 de julho”. Televisões, rádios e jornais falam em heróis e utilizam palavras como “sacrifício” e definem os 249 mortos como “mártires”.<br /><br />A chamada purga do Executivo turco tem sido denunciada por diferentes instituições dedicadas à defesa dos Direitos Humanos a nível internacional. <br /><br />A Amnistia Internacional, por exemplo, refere que aqueles que perdem os postos de trabalho no setor público, se encontram, de forma abrupta, sem qualquer fonte de rendimento para si próprias e para as suas famílias.<br />