É a corrida ao referendo para os independentistas da Catalunha. O governo assinou a realização da consulta, após uma das jornadas mais estranhas da história do parlamento catalão.<br /><br />A sessão começou com uma agenda normal e a oposição, minoritária, foi apanhada de surpresa, pela proposta de votação do projeto de referendo, com apenas duas horas concedidas aos deputados para apresentarem eventuais emendas ao texto.<br /><br />“Pedimos aos cidadãos do nosso país para decidirem como sentem que é necessário orientar o futuro da Catalunha. Ou por este estatuto de autonomia limitada, ou por um novo caminho como estado independente, na forma de república”, referiu o presidente do parlamento, Carles Puigdemont.<br /><br />A oposição mostrou-se escandalizada e, no momento do voto, os deputados da oposição abandonaram a sala deixando nos respetivos lugares bandeiras espanholas, que uma deputada independentista se apressou a retirar.<br /><br />No final, o decreto que autoriza o referendo foi aprovado por uma larga maioria e assinado logo a seguir pelo presidente.<br /><br />O deputado do Partido Popular (PP) da Catalunha, Santiago Rodriguez, diz que tudo isto não significa nada:<br /><br />“Certamente amanhã estas novas leis passam à história porque, felizmente, a Espanha é um estado de direito. é um país onde as instituições democráticas são eficazes. E, democraticamente, o Tribunal Constitucional, solicitado pelo governo central, suspenderá amanhã todos os acordos que foram alcançados hoje”, afirmou.<br /><br />Mas o governo catalão tem tudo previsto e, logo depois de assinado o decreto, começou a divulgar um vídeo de propaganda eleitoral.<br /><br />A verdade é que o tempo urge. O voto está convovado para 1 de outubro.<br /><br />Rajoy pede parecer do Conselho de Estado para recorrer da lei do referendo na Catalunha – Jornal de… https://t.co/lr25YPVAoH #Notícias pic.twitter.com/kog4afa09u— News JS Portugal (@newsjsPT) 6 septembre 2017<br />
