Há quase seis meses que os cidadãos da Geórgia beneficiam da isenção de vistos para entrarem na área Schengen de livre circulação, um dos benefícios do Acordo de Associação com a União Europeia, que entrou em vigor em julho de 2016. <br /><br />Este país do Cáucaso, e antiga república soviética, almeja entrar o mais cedo possível na União por razões políticas, económicas e de segurança. <br />Na memória está ainda fresca a guerra de cinco dias com a Rússia, em 2008, que levou à perda do controlo das regiões da Ossétia do Sul e a Abcázia, cuja autoproclamada independência é apenas reconhecida pelo governo de Moscovo. <br />Essa ameaça constante e os esforços para modernizar a economia e lutar contra a corrupção granjearam o apoio da União Europeia e a inclusão do país na sua Parceria do Leste Europeu. <br />A União é o maior parceiro comercial da Geórgia e dá mais de 100 milhões de euros, anualmente, em assistência técnica e financeira. <br />Tudo isto deu esperança ao país de entrar em breve no clube. Mas os problemas internos da própria comunidade, que pela primeira vez tem um Estado-membro que quer sair, fazem temer uma longa espera. <br />O Brexit e as influências da Rússia foram temas em destaque na entrevista da Euronews ao presidente da Geórgia, Giorgi Margvelashvili.<br />