“Limpeza étnica” é assim que o secretário-geral das Nações Unidas, classifica a perseguição do regime de Myanmar aos muçulmanos rohingyas.<br /><br />Desde 25 de agosto, 400 mil pessoas foram obrigadas a fugir para o Bangladesh.<br /><br />António Guterre deixou um apelo ao regime birmanês:<br />“Apelo às autoridades de Myanmar que suspendam a ação militar, ponham fim à violência, defndam o estado de direito e reconheçam o direito de regresso de todos aqueles que tiveram que deixar o país”.<br /><br />Questionado por um jornalista sobre se considera que se trata de “limpeza étnica”, a resposta não se fez esperar, sob a forma de pergunta”:<br /><br />“Quando um terço da população rohingya teve que fugir do país… encontra uma expressão melhor para definir isto?”<br /><br />Guterres afirmou também que condena os ataques dos grupos armados rohingyas, mas destaca as informações preocupantes sobre os ataques contra civis por parte das forças de segurança.<br /><br />Os rohingyas são perseguidos até ao rio que faz fronteira com os dois países. Atrás deixam inúmeras habitações em fogo e numerosas vítimas. Segundo os números oficiais, 441 pessoas perderam a vida; fontes independentes garantem que serão muitas mais.<br /><br />A prémio Nobel da Paz, conselheira de Estado e governante, de facto, da Birmânia, Aung San Suu Kyi, apontada a dedo pela comunidade internacional, já fez saber que não participará na Assembleia Geral da ONU, na próxima semana.<br />
