Pelo menos 12 migrantes, alegadamente de diferentes países do norte de África, encontram-se presos num ferry de uma empresa dinamarquesa, que realiza a travessia entre a localidade ucraniana de Odessa e a cidade turca de Istambul, desde há sete semanas.<br /><br />Segundo a agência Reuters, as 12 pessoas encontram-se em trancadas em quatro cabines, enquanto a embarcação realiza as travessias entre as duas cidades, sem que nenhum dos dois países aceite recebê-los.<br /><br />Recusados por “motivos legais<br /><br />Pelo menos seis pessoas seriam de origem marroquina e quatro de origem argelina. A nacionalidade dos outros dois migrantes é ainda desconhecida. <br /><br />De acordo com a entidade operadora, a DFDS, tanto Ancara como Kiev dizem não ser possível aceitar os passageiros, alegando “motivos legais”.<br /><br />Alguns dos membros do grupo ameaçaram suicidar-se, saltando para o mar. O pessoal do ferry diz que o seu comportamento tem sido cada vez mais violento. <br /><br />A DFDS contratou entretanto agente de segurança privada na Turquia e pediu às Nações Unidas para ajudarem com a resolução do problema. <br /><br />Negociações entre Copenhaga, Ancara, Kiev e Vilnius<br /><br />O ministério dinamarquês dos Negócios Estrangeiros (Relações Exteriores) encetou conversações com as autoridades turcas e ucranianas, mas também com representantes da Lituânia, já que a embarcação circula com bandeira do país báltico.<br /><br />Para Copenhaga, o problema é de fácil resolução, bastando uma “decisão rápida de Ancara ou Kiev”.<br /><br />O grupo pretenderia, segundo um porta-voz da guarda fronteiriça ucraniana, continuar para a Roménia, o que não poderiam fazer porque não têm qualquer tipo de documentos.<br /><br />O problema, de acordo com a mesma fonte, seria o facto de a Turquia não aceitar receber os migrantes. Como vinham de território turco, tendo em conta o acordo bilateral, Ancara deveria aceitá-los. <br /><br />A empresa dinamarquesa diz que a melhor solução seria que as autoridades turcas aceitassem o grupo no seu território. A DFDS entende que é “pouco habitual” que a empresa tenha de lidar com este tipo de situações, já que se trata de um caso para os agentes fronteiriços e não para uma companhia de transportes. <br /><br />Com Dansk Radio e Reuters<br />