Os alemães elegem este domingo o próximo Bundestag. De acordo com as sondagens, o escrutínio deve dar um quarto mandato à atual chanceler Angela Merkel. <br /><br />“Espero que, em qualquer caso, Merkel continue a ser chanceler. O interessante agora é perceber quem vai participar na próxima coligação”, disse uma jovem alemã ouvida pela Euronews, numa assembleia de voto.<br /><br />“Eu até posso dizer em quem vou votar, em tudo menos numa grande coligação”, afirmou um eleitor.<br /><br />“O partido em que eu queria votar é muito pequeno. Por isso, votei taticamente de forma a impedir a entrada dos partidos populistas da extrema-direita”, realçou outro eleitor. <br /><br />Pela primeira vez, as eleições alemãs são observadas pela Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE). O convite foi feito pelo Governo alemão, depois de uma queixa da Afd. “A ideia da observação é que todo o processo cumpra padrões internacionais e que esteja de acordo com as regras e as leis internacionais. Há procedimentos, como verificar o modo de funcionamento da comissão eleitoral e antes de tudo a liberdade que as pessoas têm para vir votar”, explicou o coordenador especial da OSCE, George Tsereteli.<br /><br />A enviada especial da Euronews a Berlim, Anja Bencze, coloca as dúvidas que subsistem neste dia de eleições: “A reeleição de Angela Merkel parece estar garantida. A grande questão é com quem vai governar. Teremos outra “grande coligação, o retorno do preto e amarelo ou, pela primeira vez, uma “coligação Jamaica” com os liberais e os ecologistas? Todos os partidos vão ter de questionar-se sobre como vão lidar com a presença do partido de extrema-direita AfD, no Bundestag, pela primeira vez”.<br />
