A Alemanha acordou, esta segunda-feira, para uma nova realidade política. Seis partidos entraram no Bundestag. Entre eles está o AfD, Alternativa para a Alemanha, que entra para a história ao tornar-se o primeiro partido de extrema-direita a chegar ao Parlamento <br />desde o fim da II Guerra Mundial. <br /><br /> Já Angela Merkel venceu as eleições deste domingo, mas obteve o pior resultado de sempre. É, no entanto, com a ascensão do partido de extrema-direita AfD, que os eleitores se mostram surpreendidos. <br /><br />“Estou chocada que o Afd tenha sido a terceira força política” afirma uma eleitora.<br /><br />Outro adianta: “não penso que o mundo olhe para a Alemanha dessa forma. Não é representativo do povo alemão e é, um pouco, dececionante.” <br /><br />“Pessoalmente não estou assustado. Questiono-me, antes, sobre a forma como os políticos terão trabalhado para obter este resultado eleitoral” conclui um alemão.<br /><br />Trabalho é o que espera a chanceler alemã antes de poder governar. Angela Merkel poderá agora ter de negociar com os democratas-cristãos, Verdes e os liberais, depois de os sociais-democratas, parceiros de coligação, terem obtido o pior resultado do pós-guerra. <br /><br />Anja Bencze: “Em Berlim vive-se um misto de choque e de alívio com a vitória de Angela Merkel. Mas é evidente que os próximos quatro anos não vão ser fáceis.”<br />