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Rajoy: Governo não rejeita suspender autonomia da Catalunha

2017-10-08 0 Dailymotion

O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy,disse que Madrid impedirá que uma eventual declaração de independência da Catalunha produza quaisquer efeitos, numa entrevista ao diário El País.<br /><br />“O Governo vai impedir que qualquer declaração de independência leve ao que quer que seja”, disse Rajoy na sua primeira entrevista a um diário espanhol desde o início da crise entre Madrid e Barcelona.<br /><br />Inquirido sobre se equaciona suspender a autonomia de que a Catalunha goza, aplicando o artigo 155 da Constituição, Rajoy respondeu: “Não descarto nada”.<br /><br />“Mas devo fazer as coisas em seu devido tempo [...]. Gostaria que a ameaça da declaração de independência fosse retirada o mais rapidamente possível”, acrescentou.<br /><br />Crise política sem precedentes na Espanha democrática<br /><br />As tensões entre Madrid e Barcelona mergulharam Espanha na mais grave crise política desde o regresso à democracia, em 1977.<br /><br />A crise está a dividir a Catalunha, onde vivem 16% dos espanhóis e onde, segundo as sondagens, metade da população não é independentista.<br /><br />Madrid afasta qualquer hipótese de mediação, argumentando o primeiro-ministro, Mariano Rajoy, que “para dialogar, é preciso agir dentro da legalidade”.<br /><br />A justiça espanhola considerou ilegal o referendo para a independência de outubro e deu ordem para que os Mossos d’Esquadra, a polícia regional, selassem os locais.<br /><br />Polémicas cargas policiais<br /><br />Perante a inação da polícia catalã em alguns locais, foram chamadas a Guardia Civil e a Polícia Nacional, que protagonizaram os maiores momentos de tensão para tentar impedir o referendo, realizando cargas policiais sobre os eleitores e forçando a entrada em várias assembleias de voto ocupadas para garantir que permaneceriam abertas.<br /><br />A violência policial fez 893 feridos mas, apesar da repressão, 43,03% dos 5,3 milhões de eleitores conseguiram votar, e 90,18% deles terão votado a favor da independência, segundo o governo regional da Catalunha.<br /><br />Uma vez proclamados os resultados oficiais do escrutínio, a chamada Lei do Referendo, que o parlamento catalão aprovou em setembro e que foi suspensa pelo Tribunal Constitucional espanhol, estipula que a Declaração Unilateral de Independência seja emitida num prazo de 48 horas.<br /><br />Como o fim de semana não é contabilizado para esse efeito, o prazo estender-se-á até terça-feira, 10 de outubro, tendo a Mesa do Parlamento Regional, que é o seu órgão dirigente, marcado para esse dia, uma comparência no plenário do presidente catalão, Carles Puigdemont.<br /><br />Com Lusa<br />

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