O parlamento grego aprovou, por maioria, uma lei que permite eleger com total liberdade a identidade de género a partir dos 15 anos. <br /><br />Com a nova lei, deixa de ser necessário que a pessoa que decida mudar de sexo tenha de passar por um exame médico e psiquiátrico.<br /><br />A lei foi votada pela coligação de esquerda no Governo – partidos Syriza e Anel – e pelas forças de centro-esquerda Pasok e To Potami.<br /><br />Contra a nova lei votaram o principal partido da oposição, o Nova Democracia (centor-direita), o partido neo-nazi Aurora Dourada, assim como o Partido Comunista e a União de Centristas. <br /><br />Protestas e polémicas<br /><br />A lei deu origem a fortes protestos da parte da influente Igreja Ortodoxa, que definiu a medida como “uma provocação para a sociedade, pois saboteia a instituição familiar, opõe-se à moralidade e destrói o Homem”. <br /><br />O primeiro-ministro, Alexis Tsipras, disse que, para liberais e progressistas, o voto a favor, “mais do que algo óbvio, seria um ato de coragem”, porque todos tinham vivido com a pressão daqueles que “em nome da tradição, da pátria, da religião e da família, querem que as coisas fiquem como estão”.<br /><br />Mudanças de uma lei definida como progressista<br /><br />Qualquer pessoa maior de idade que deseje mudar de identidade de género nos documentos oficiais terá apenas de apresentar um pedido aos tribunais. <br /><br />Os menores com mais de 15 anos, deverão, para além disso, fornecer uma autorização dos pais e um parecer positivo de uma comissão médica.<br /><br />De acordo com a nova lei, se a pessoa estiver casada, o matrimónio é automaticamente dissolvido, pois, na Grécia, não existe o matrimónio entre pessoas do mesmo sexo.<br /><br />A comunidade LGBTI grega mostrou-se satisfeita com a lei e disse que iria facilitar a vida de muitas pessoas.<br /><br />Com Reuters e EFE<br />