Milhares de pessoas manifestaram-se em Barcelona para exigir a libertação dos dois líderes independentistas detidos por sedição no início da semana. Um protesto transformado numa manifestação a favor da independência do território e contra a tutela de Madrid após a decisão do governo central de dissolver o executivo catalão por “desobediência” e assumir algumas competências do governo autonómico. <br /><br />As principais do figuras executivo regional juntaram-se igualmente à marcha pacífica, como o presidente catalão Carles Puigdemont, o vice-presidente Oriol Junqueras e a presidente do parlamento regional, Carme Forcadell. <br /><br />A manifestação foi marcada por palavras de ordem contra a decisão de Madrid e em defesa do governo regional e da televisão pública local que poderia igu almente ser colocada sob tutela do executivo central. A marcha de protesto, em defesa de Jordi Sánchez e Jordi Cuixart, líderes das associações OMNIUM e Assembleia Nacional de Catalã, agendada há alguns dias, torna-se assim numa nova demonstração de apoio ao governo regional.<br /><br />Em Barcelona, as opiniões continuam a dividir-se:<br /><br />“Penso que é injusto, vergonhoso numa democracia”, afirma um residente, outra sublinha, “penso que o governo faz bem ao assumir o controlo nas regiões que não respeitam a lei”,<br /><br />O protesto ocorre horas antes da presidente do parlamento realizar uma declaração institucional no hemiciclo às 19h30 locais, antes de Puigdemont apresentar outra “declaração institucional” por volta das 21h locais. O líder do executivo catalão poderia ainda deslocar-se ao Senado de Madrid, entre terça e quinta-feira, para tentar dissuadir os membros da câmara a votar a favor da aplicação do artigo 155 da Constituição.<br />
