Ainda não foi desta que se dissiparam as dúvidas em relação ao futuro do herbicida glifosato na Europa, comercializado sob a marca Roundup, da Monsanto.<br /><br />Os 28 Estados-membros deveriam votar esta quarta-feira a proposta de Bruxelas para renovar a licença de utilização por mais dez anos, mas confrontada com uma possibilidade de chumbo, a Comissão Europeia suspendeu a votação.<br /><br />Um verdadeiro balde de água fria para os ativistas.<br /><br />“Seja por um ano, por cinco ou por dez, enquanto houver uma renovação da licença de utilização não existe interdição. Os europeus foram claros. Querem a proibição. Sondagens mostram que 75% dos cidadãos europeus querem uma proibição total do uso de glifosato e querem que a Europa saia da cama com a Monsanto”, sublinhou David Schwartz, coordenador da Iniciativa de Cidadania Europeia (ICE), que solicita à Comissão Europeia que proponha aos Estados-Membros a proibição do glifosato, que reforme o procedimento de aprovação de pesticidas e estabeleça, ao nível da União Europeia, metas de redução obrigatórias para a utilização de pesticidas. <br /><br />Depois de uma consulta informal junto de vários Estados-membros e perante a possibilidade de chumbo a Comissão Europeia fez marcha atrás nesta proposta, preparando-se para apresentar a proposta alternativa.<br /><br />A licença atual expira no final do ano. Esta terça-feira, membros do Parlamento Europeu apelaram a que o glifosato, um herbicida potencialmente cancerígeno, fosse banido da Europa até 2022.<br />
