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Mulheres vencedoras de Nobel protestam contra exploração mineira na Guatemala

2017-10-27 1 Dailymotion

Quatro mulheres suficientemente notáveis para terem ganho um prémio Nobel da Paz cada uma juntaram voz e presença ao protesto dos indígenas xincas da Guatemala contra o projeto mineiro San Rafael, da empresa canadiana Tahoe Resources.<br /><br />A norte-americana Jody Williams, a iraniana Shirin Ebadi, a iemenita Tawakkol Karman e a guatemalteca Rigoberta Menchú Tum juntaram-se à resistência à exploração mineira, suspensa desde junho pelo Tribunal Constitucional, o de mais alta instância na Guatemala.<br /><br />Rigoberta Menchú Tum, Nobel da Paz em 1992, pediu em Santa Rosa, distrito de Casillas: “Ajudem-nos a exigir ao Tribunal de Justiça guatemalteco que acabe em definitivo, não apenas com a mina de San Rafael, mas também com as licenças ilegais que têm sido distribuidas para destruir a mãe-natureza da Guatemala.”<br /><br />Rigoberta Menchú denució a #MineraSanRafael por mentir sobre la visita de las Nóbel a Casillas, ellas ratificaron lucha legitima de la gente pic.twitter.com/pnCAIBspZv— PrensaComunitaria (@PrensaComunitar) October 26, 2017<br /><br />A extração mineira começou em 2010 no sudoeste da Guatemala e é contestada por 7 municípios da região. <br /><br />A juíza iraniana Shirin Ebadi declarou que se os governos “fossem democráticos” não fariam contratos com indústrias de extração. <br /><br />Jody Williams nomeou os “governos corruptos daqui da Guatemala, Estados Unidos, Canadá ou China”, que, disse, “geram milhões enquanto o povo perde a mãe terra, ou seja, tudo.”<br /><br />A jornalista iemenita Karman disse estar em Casillas para “defender todas as pessoas a nível local que lutam contra a situação e também contra as companhias e governos corruptos” e “qualquer forma de destruição da nossa terra”.<br />Karman declarou que os Estados Unidos “não podem abandonar” as iniciativas de combate às alterações climáticas uma vez que este não é um “interesse americano, mas sim mundial”.<br /><br />Today 11 am press conference, Hilton Garden Guatemala City #WomenLandPeace pic.twitter.com/i9lefYde7c— Nobel Women (@NobelWomen) 27 de outubro de 2017<br /><br />A Nobel iemenita propôs ainda a criação de “um novo Tribunal Internacional do meio ambiente”, onde estas divergências poderiam ser conciliadas.<br /><br />Na altura em que as premiadas com o Nobel partilhavam experiências com a comunidade xinca resistente à intervenção da companhia canadiana em solo guatemalteco, uma representação da Polícia Nacional Civil chegou a “oferecer segurança”, oferta rejeitada por um representante da Unidade de Defensores de Direitos Humanos da Guatemala, alegando que o povo xinca se sentia “vulnerável” ante a presença das forças de segurança, uma vez que estas haviam participado com equipamento antimotim em oiperações que permitiram a passagem de maquinaria e mão-de-obra da empresa, que se encontrava bloqueada pelos elementos da comunidade xinca. <br /><br />As quatro mulheres integram a Iniciativa Mulheres Nobel, criada em 2006 e que agrega seis mulheres laureadas com o Nobel e que usam o prestígio do prémio para ampliar o poder e a visibilidade das mulheres que trabalham em países de todo o mundo pela paz, justiça e equidade.<br />

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