Os nova-iorquinos encaram a maratona de domingo como uma forma de mostrar ao mundo que o ataque no centro da cidade, que deixou oito mortos e vários feridos, não abalou o espírito da mais importante cidade dos Estados Unidos.<br /><br />Meb Keflezighi, atleta a ponto de concluir uma carreira de mais de 40 anos, diz que a cidade “quer ser um exemplo de resiliência”.<br /><br />“Claro que encaramos esta prova com uma mistura de sentimentos e de emoções”, disse.<br /><br />“Pode até ser que estejamos um pouco inquietos, mas eu fico tenso antes de cada prova desde 2004 e desde que atacaran Vanderlei de Lima, nos Olímpicos de Atenas.”<br /><br />Keflezighi venceu a maratona de Nova Iorque em 2009 e foi vice-campeão olímpico em 2004.<br /><br />Para Shalane Flanagan, o ataque levado a cabo por Sayfullo Saipov, uzebeque de 29 anos, recordou-lhe de imediato os ataques ocorridos durante a maratona de Boston, em 2013, que deixou três mortos e 170 feridos.<br /><br />“Lembrei-me logo do atentado de 2013. Tinha acabado a minha prova quando tudo aconteceu. É horrível e preocupante, disse a vice-campeã olímpica da prova de 10 mil metros, em 2008.<br /><br />Bill de Blasio, presidente da Câmara Municipal de Nova Iorque, decidiu que a maratona deveria ter lugar, como acontece todos os anos.<br /><br />Segurança em primeiro lugar<br /><br />Calcula-se que participem cerca de 50 mil pessoas, vindas de todo o mundo. Por isso, as autoridades locais não poupam esforços noi que à segurança diz respeito. <br /><br />Segundo Carlos Gómez, chefe da Polícia de Nova Iorque (NYPD), haverá mais do dobro de operacionais no terreno este ano.<br /><br />“Estamos no topo dos edifícios e temos agentes especializados em franco-atiradores”, explicou Gómez aos jornalistas, em conferência de imprensa.<br /><br />“Estamos presentes em todos os condados e temos mais armamento pesado”, continuou.<br /><br />Vencedores de volta à prova<br /><br />Os vencedores do ano passado, Ghirmay Ghebreslassie, da Eitópia, e Mary Keitany, do Quénia, marcam presença na prova deste ano.<br /><br />Ghebreslassie terá de enfrentar o rival queniano Wilson Kipsang, vencedor em 2014 e recordista do mundo.<br />
